quarta-feira, março 31, 2004


Jogo da memória para surdos-mudos.

Postado por Nery Nader Jr às 10:04

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Minuto De Silêncio



"Encontrei, num recanto do site do jornal espanhol El País, uma homenagem às vítimas do massacre do dia 11. Em uma página estão 201 lacinhos pretos. Ao clicar em 66 deles, pode-se ler uma breve e tocante história daquela pessoa. Clicar nos lacinhos de luto, ver o rosto e ler um pouco sobre aquela pessoa não evitará novas mortes, mas certamente acende um pouco mais a nossa própria chama vital."

(Encontrei no Gravatá.)

Postado por Nego Lee às 09:49

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terça-feira, março 30, 2004


Ugo



O vômito amarelado cobria o chão da sala. Ela aumentou ainda mais a quantidade, vomitando ao abrir a porta. O cheiro era insuportável. Chamou por ele. Nada. Decidiu entrar, pisando naqueles pedaços de carne, ovo, milho e macarrão. Algumas poças já estavam secas. No meio do trajeto, vomitou de novo.

Chegou até o quarto. O vômito continuava, cobrindo inclusive a cama. O cheiro era muito pior. Ela continuou andando, até escorregar numa poça do que parecia ser uma feijoada. Caiu de costas, lambuzando-se até os cabelos. Foi quando viu a porta do banheiro aberta. Ele estava lá dentro, pendurado pelo pescoço. Tinha se enforcado. No bilhete, manchado de vômito, ela pôde ler:

"Não suporto mais esta vida. Não suporto mais você. E, principalmente, não suporto mais a comida deste maldito Refeitório Universitário."

Postado por Nery Nader Jr às 15:40

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Um diferente Bruce Lee.

Postado por Nego Lee às 10:13

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segunda-feira, março 29, 2004


Fugitivos



O primeiro momento foi de euforia. Ele levantou-se batendo a poeira dos ombros. Estavam vivos e, o mais importante, livres.

Foi quando começaram a perceber algumas coisas estranhas. A floresta não era a mesma por onde tinham se embrenhado para escapar da polícia. As cores eram mais fortes, os troncos mais vermelhos, o céu parecia arder em chamas. O desfiladeiro que tinham acabado de pular também parecia mais profundo. As rochas eram mais escuras e pontiagudas.

Naquele momento, do corpo de Allan, começaram a brotar farpas e espinhos. Edgar entendeu então que não estavam livres e, o que era pior, não estavam vivos.

Postado por Nery Nader Jr às 11:02

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Dos Outros

Manifesto Catarro Verde

1. Sou a favor da legalização do aborto
2. Sou a favor da legalização das drogas
3. Sou contra qualquer ginástica ou esporte que não seja foder
4. Sou contra trabalhar
5. Sou contra todas as religiões
6. Estou cagando para o Palmeiras e detesto futebol
7. Não sinto tesão por mulheres pesadas, me dói o osso do púbis quando vêm por cima
8. Sou contra o misto-quente e a favor do hambúrguer
9. Odeio patrões e chefes, quem tem chefe é índio
10. Toda mulher tem que saber chupar direito ou tratar de aprender
11. Mulheres órfãs são as melhores, não tenho de conhecer os pais
12. Todo computador é bom desde que seja Macintosh
13. O ritual do Santo Daime é a coisa mais chata do mundo
14. O Angeli está morto e só falta enterrar
15. Circos com animais devem ser fechados
16. Japoneses que caçam baleias devem ser afogados no mar
17. A chatice é o único pecado humano imperdoável
18. Poodles devem ser extintos, assim como pinchers, pitbulls e rottweilers
19. Sou contra pipoca em cinema
20. Sou contra todos os partidos políticos
21. Odeio usar camisinha, embora use
22. Sou contra a redução da maioridade penal
23. Sou contra a fabricação de armas
24. Toda criança miserável deve ter direito a banho grátis em pet shop
25. Todo filme do Eric Rohmer deve dar direito a travesseiro na bilheteria
26. Não me sinto representado por políticos
27. Não sou governado por governos

E aí?

Postado por Nego Lee às 09:21

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sexta-feira, março 26, 2004


"Cães De Aluguel" (Quentin Tarantino)

Mais uma dica de filme (que todo mundo já viu) pro fim de semana.



Enquanto "Kill Bill" não entra em cartaz por aqui (que enrolação, hein?), o jeito é falar do velho Tarantino. Mas o que falar do velho Tarantino que já não tenha sido falado e refalado?

Quase nada, penso eu. Quase nada além de algumas opiniões pessoais de quem reviu "Cães De Aluguel" agora, séculos depois do cara ter estourado, ostracismado por uns anos e voltado matando a pau o tal de Bill.

Até algum tempo atrás eu achava este "Cães" o melhor Tarantino. Achava-o melhor por ser mais embrionário, mais cru, mais pesado. Mas confesso que a minha opinião mudou um pouquinho diante da recente revisão. Agora, considero "Pulp Fiction" o melhor, não apenas pela produção e pelos atores, mas por ser mais antológico, reunir mais diálogos legais, mais personagens distintos e por matar o John Travolta bem no meio do filme.

É claro que "Cães De Aluguel" é um poderosíssimo filme de estréia. É claro que foi inovador pra época, despejando altas doses de crueldade e sanguinolência no liquidificador, embaladas por uma fantástica trilha sonora setentista.

A cena da orelha tosada faz o sofrimento de Jesus no filme do Mel parecer picada de mosquito. Até por ser uma seqüência de violência gratuita, abusada, desnecessária e sarcástica. Ingredientes perfeitos para torná-la antológica. No DVD, entre os takes cortados, existe até mesmo um close do Michael Madsen passando a faca na cartilagem auricular do policial, mas Tarantino foi esperto a ponto de deixar tal cena de fora, aumentando a dramaticidade por conta da sugestão e não da exibição da violência.

De resto, temos um elenco afiadíssimo, alguns diálogos hilariantes, uma edição inteligente e não-linear e mais um par de cenas clássicas, com destaque para a abertura genial, desde o papo sobre a Madonna até a saída da lanchonete.

Mas é preciso dizer que, depois de tantos filmes inspirados pelo estilo Tarantino, é justamente o primeiro filme dele que acaba perdendo um pouco da força. Curioso isso, não?

Postado por Nery Nader Jr às 16:09

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Viu Um Passarinho Verde?



Vi. Logo cedo. E era de um verde muito verde. Corpo de um tom, asas de outro. Mas tudo verde. Verde bonito. Nada de verde-periquito. Verde suave, de um brilho opaco lindo.

Só que isso não está fazendo o meu dia mais feliz.

Postado por Nery Nader Jr às 10:42

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The Fearless Vampire Killers Or: Pardon Me, But Your Teeth Are In My Neck



(Não, este post não é sobre o delicioso filme do Polanski, mas sobre dentes. Sim, dentes. Eu só usei este título porque sempre achei-o-ô bem legal, tipo uma homenagem bocó. Mas vamos lá.)

No berçário, dente dói pra nascer, coça pra se multiplicar e incomoda o bebezinho que incomoda o papai que incomoda a mamãe e por aí vai. Quando desponta, entorta tudo por causa da chupeta (se a cria, no caso, tem progenitores que não percebem quão preguiçoso e prejudicial é manter o pequeno pimpolho de bico na boca em fase de crescimento ou até em plena pré-escola).

E na adolescência? Já não bastassem as espinhas por fora da bochecha, muitas vezes surgem os aparelhos pra detonar tudo no lado de dentro. E dá-lhe ortodondia e seus rituais doentios maltratando a molecada até a coisa se resolver. Sem falar da buraqueira das cáries e afins, no caso da piazada que passou a infância bem perto da chocolândia e muito longe do fio dental.

Chegamos à vida adulta. No caso dos sujismundos, os abusos da infância e da juventude cobram o seu preço e presenteiam o visual com remendos, canais e obturações. No caso dos higiênicos meia boca, mesmo com uma faxina mais caprichada às vezes a chance de rolar tártaro ou bafo de tatu é total. No caso dos asseados, isso quase nunca acontece. Mas basta um murro bem dado na fuça, por quaisquer motivos dessa vida da gente, né?, que lá se abrem janelinhas indecentes no meio da frágil dentição do povo.

Sobre a velhice, eu não vou nem abrir a minha boca. Deixo a palavra com o meu colega Corega e companhia.

Conclusão: se Deus mandou bem na hora de criar tantas coisas - cacau, cevada e bunda de mulher, pra ficar só em exemplos comestíveis -, fez eca das feias na hora de criar os dentes. Eita coisa mais mal-resolvida, sô.

Algo a declarar?

Postado por Nego Lee às 09:07

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Você escreve e ela fala.

Postado por Nego Lee às 09:01

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quinta-feira, março 25, 2004


Oração Do Dia

"Rock iguala os que foram diferenciados pela sociedade de classes - e diferencia os que foram igualados pela sociedade de massas." (Eugênio Bucci)

Postado por Nego Lee às 14:04

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Durex Lolita



Tem coisas que a gente quase nunca compra. Durex, por exemplo. E até por isso, nem olha a marca.

Entrementes, ontem eu precisei de durex e, dada a falta do mesmo em casa, corri até o mercado e peguei a primeira (e única) marca que encontrei.

Lolita. É, Lolita. Esta é a marca do durex. Mas por que diacho alguém daria o nome de Lolita prum durex?

Postado por Nery Nader Jr às 10:10

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quarta-feira, março 24, 2004


O Homem Que Tinha Chifres



Nasceram. De um dia para o outro, sem sintoma ou dor nenhuma. Aqueles chifres que brotaram na cabeça de Murilo não tinham significado adúltero nenhum, afinal ele nem namorada tinha, quanto mais esposa. O máximo era um flerte meio bobo com a empregadinha do 801, a qual ele sabia ser meio tonta e meio virgem. "Deve ser praga de alguma solteirona daqui!", murmurava ao espelho, enquanto examinava perplexo a sua vistosa galharia.

Era certo que Murilo era meio esquisito, dono de idéias pitorescas sobre as mulheres em geral, mas nada disso fazia dele um depravado, radical ou homossexual até. Ele sempre dizia: "as primeiras que ostentam cara de nojo aos comentários sobre engolir ou não durante o sexo oral são aquelas que entre quatro rodas fazem tudo", num bobo trocadilho com a antiga história do "entre quatro paredes". Corriam boatos de que ele era virgem. Ou bicha. Ou louco. Na verdade era apenas um homem que resolveu preservar a sua masculinidade se relacionando somente com mulheres que, segundo seu particular julgamento, valessem realmente a pena.

Só que isso provocava o ódio e a indignação geral das moças do Condomínio Residencial Santo Antonio, "o mais familiar de Curitiba", prédio de nome mais que apropriado para explicar as intenções declaradas de todas as suas moradoras solteiras. Como Murilo era o melhor partido do lugar (perdia talvez para o Geraldo Andrade do 102, que era viúvo e diretor de empresa de porte, mas não tinha aquele fogo do "Murilo garanhão do 802", como dizia um rabisco maldoso na porta do elevador de serviço), a sua simples presença nas reuniões de condôminos ou nos aniversários causava o maior alvoroço entre a fauna feminina. Já a sua indiferença e mistério nestas ocasiões rendiam assunto para várias semanas. Mas e esse par de chifres agora, o que iria causar? Ele podia ser até ser expulso do prédio, já que a maioria masculina (incluindo aí o síndico Ferreira, marido de Dona Iná, a mais alvoroçada aclamadora da gentileza do Sr. Murilo) não o suportava e havia tentado inúmeras vezes substituir por famílias dignas o perigoso morador do 802. Como era véspera da festa de inauguração do novo playground e ele não poderia faltar de jeito nenhum (ele tocaria a música "We Are The Champions" no auge da festa), Murilo começou a se desesperar. Mas pensou, pensou, pensou e bolou um plano.

No dia da esperada festa, estavam todos lá. A mulherada caprichou no visual (ou seja, vestiam exageradas roupas de exageradas cores). Exatamente às 22 horas Murilo chegou. Vestia um surrado suéter branco e estava com o corno nu (ao contrário dos chapéus, bonés ou fantasias que o caro leitor poderia imaginar). Seu par de chifres reluzia vistoso e chamava a atenção até dos mais desavisados. O bochicho foi geral. Então ele sentou, empunhou o violão e entonou com vigor e afinação surpreendentes a velha canção. O silêncio era surpreendente. Ao fim da música, Murilo voltou ao seu apartamento, não sem antes agradecer a atenção dispensada.

"E o que aconteceu depois?", todos perguntamos. Murilo tornou-se cada vez mais e mais cobiçado, por sua coragem e pela beleza (!?) de seu novo adereço ("um símbolo paradoxal de iluminação e virilidade, com um charme nonsense e único de um boom espiral e caótico", segundo a crítica de cinema feiosa do 502 e fã declarada dos recheios das calças de Murilo). Nenhum homem do prédio conseguia entender ou aceitar aquilo, mas más línguas declaram que volta e meia "We Are The Champions" é ouvida através das paredes dos apartamentos, nas vozes de maridos indignados e, talvez até, fantasiados de tourinhos. Uma coisa típica do homo curitibanus, bicho ridículo cujo orgasmo é ir em posto am.pm tomar um sorvete de morango caro e ruim, em pleno invernão.

E Murilo? Prosseguiu a sua vida vitorioso e sem dar nenhuma satisfação a ninguém. Era um homem que obedecia apenas à sua alma e ao seu coração, de um jeito que não se faz mais por aí.

Postado por Nego Lee às 18:52

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Postado por Nery Nader Jr às 17:10

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terça-feira, março 23, 2004


Ministória VII



Ela, sorrindo:

- Mas que seja infinito...

Ele, beijando-a:

- Enquanto dormes.

E no meio do beijo, ela acordou.

Postado por Nery Nader Jr às 11:12

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Bonequinhos da Bíblia.

Postado por Nego Lee às 09:31

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segunda-feira, março 22, 2004


Nada a declarar.

Postado por Nery Nader Jr às 17:11

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CPF 2 - O Ingresso



Eu vai. E (d)aí?

Postado por Nego Lee às 10:26

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sexta-feira, março 19, 2004


Malabarista De Semáforo



Malabarista de semáforo é mala a começar pelo nome. Alguns são tão ruins que deveriam até se chamar maulabaristas.

O mais curioso é que eles, que exibem um timming perfeito para jogar os trecos pra cima, acabam por perder o timming do sinal, que geralmente se abre enquanto os caras ainda estão fazendo das suas macaquices. Sucedem-se então as intermináveis buzinadas na orelha, enquanto os infelizes tentam passar o chapéu para um ou dois bons samaritanos.

E por falar em chapéu, os trajes destes artistas são terríveis. Alguns mais parecem palhaços foragidos de filme de terror trash. Outros limitam-se a um chapéu de feltro e um suspensório, este último capaz de evitar a queda das calças durante o show - se bem que tal queda garantiria pelo menos um pouco de humor na apresentação.

A variedade de objetos jogados pra cima também é surpreendente. Temos bolinhas, varetas, tochas incandescentes (um recurso noturno, infelizmente não acompanhado da necessária combustão espontânea), pinos de boliche, fitas, bandeirolas e outros panos idiotas. Só está faltando aparecer malabarista vestida de líder de torcida americana, jogando pra cima os seus pompons. Ei, isso até que seria legal!

No fundo, o que falta para estes circenses de meia-tigela é justamente um parceiro de fraque, cartola e megafone, berrando com seu forte sotaque castelhano: "Atención! Espetacular! Bravo, bravíssimo!".

E cai o pano. Sobre eles. E os carros passam por cima. Fim do espetáculo.

Postado por Nery Nader Jr às 16:16

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Casa De Jacinto



Todo garoto sonha em formar uma banda. Jacinto não era diferente (era sim: nasceu cearense por desgraça de painho e mãinha). Só que ele tinha na veia aquela garra de quem não tem nada e ninguém pra comer. Quando achou que já era adulto se mandou pra São Paulo. Na "capital do país!", onde se respira fama e fortuna se a poluição deixar, Jacinto foi tentar a vida.

Com o tempo, veio a recompensa: ele virou o pedreiro mais famoso da obra em que trabalhava. "Lá vai o cabeludo maconhêro que qué ser artista!", gritavam os seus companheiros de obra. "Eles vai ver!", resmungava baixinho, "Quando eu for astro do roquenrôl vô aparecê por aqui de Opalão com motorista. Quero vê alguém ri de mim!". Foi no Boteco do Baiano que Jacinto encontrou a sua parceira de sucesso: Jeine. Era uma argentina vesga que além de belezura sabia tocar violão. Foi ela que apresentou Jacinto ao que viria ser o resto da banda: Tinho e Tonho. Eram dois irmãos que tocavam baixo e bateria numa churrascaria perto da Rodoviária. Depois dessa noitada regada a cachaça barata (uísque caro é pra roqueiro rico), o grupo compôs até uma primeira música ("Casa de Jacinto"). Só faltava então o nome da banda, os instrumentos e roupas bonitas. Ou seja, nada que não pudesse ser roubado dos outros.

Dois meses depois e a banda até que ia bem para o que era uma reunião de infelizes. "Os Especiais" já tinham dez músicas próprias e arrasaram no seu primeiro show (uma festa num fumeiro da Marginal). Deu polícia e tudo. Era a certeza do sucesso. "Fama e fortuna, lá vai Jacinto!!!".

Jacinto escrevia no pouco tempo que sobrava na construção e Jeine praticava o violão no seu quartinho na casa da patroa. Os irmãos Simon continuavam comandando o bate-coxas na churrascaria, investindo o pouco dinheirinho que ganhavam na banda e na bebida (ou seja: aproveitando pra caralho). E tudo continuou assim: mais e mais shows, mais e mais músicas ("Suíte Jeine", uma homenagem à própria, até tocou uma vez numa dessas FM qualquer da vida).

Só que grana que é bom, nada. O que não era pra ser uma carreira duradoura acabou nem sendo um sucesso efêmero. Veio o fim. Então eles se separaram e nunca mais foram vistos. Tinho e Tonho se mandaram de volta pro Sul, pra cuidar de gado (coisa de gaúcho). Jeine continuou com a música, só que abriu as pernas de vez pra indústria fonográfica. Agora, ela faz ponto na saída da Som Livre. Jacinto, o último herói do roquenrôl brazuca, fazia blues do delta do Tietê. Morreu numa noite de inverno, não sei se de fome não sei se afogado. O homem foi, mas a obra continua: o prédio vai ser inaugurado semana que vem.

E o som deles, como era? Era róque nacional, meu. As letras eram um lixo (tipo rap cabeça), mas a sonzêra era legal. A guitarra de Jeine fazia um coquetel cachaça-funk-jaca-tango de dá gosto ao paladar dos ouvidos. A cozinha dos Simon era batata: fazia fusão com arroz e salada de ritmo com cheiro de forró. Jacinto era o responsável pela carne seca, dura e crua do vocal. Quer dizer, só estavam nessa pela comida, bebida e sexo. Mais ou menos como quem faz blog.

Postado por Nego Lee às 14:46

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Assista "I Love Death".

Postado por Nego Lee às 11:48

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"O Combate - Lágrimas Do Guerreiro" (Christophe Gans)

Está de volta a dica de filme velho pro seu fim de semana novo.



Gostar de cinema é fácil. Gostar de blockbuster americano é fácil. Gostar de filme iraniano sobre crianças que perderam agulhas e dedais, por incrível que pareça, é relativamente fácil. Mas gostar de filme franco-nipo-canadense, dirigido por francês, baseado em mangá japonês sobre um protetor de uma organização chinesa não é bolinho, não. Neste caso, não basta amar o cinema. É preciso amar também filmes de kung fu e filmes do John Woo, além da estética dos quadrinhos japoneses, histórias absurdas, Frank Miller, pieguismo, canastrice e muita câmera-lenta.

Se você é chegadinho/a nos temas supra-citados, então vai se deliciar com esta aventura amalucada, que conta a história de um assassino programado para matar os inimigos de uma organização secreta chinesa conhecida como Os Dragões. A cada morte ele derrama uma lágrima. Mais brega, impossível. Ou não, porque numa dessas missões, o tal Freeman (como o assassino é chamado) conhece e se apaixona por uma canadense bonitinha, ainda que péssima atriz, e resolve se revoltar contra os seus antigos patrões, ficando no meio de um fecha-pau entre os chineses e a Yakuza.

Mas chega de diálogos e vamos à ação, que é o que interessa. Lutas e explosões são engendradas com preciosismo e criatividade. "O Combate - Lágrimas Do Guerreiro" é de 1995, mas antecipa muito das pancadarias com toque oriental que se tornariam moda na virada do milênio. O diretor quase estreante Christophe Gans - que recentemente realizou o ótimo "Pacto Dos Lobos", misturando história real, artes marciais, monstros e Mônica Bellucci - já dava mostras de seu talento visual na escolha dos cenários, no uso abundante da famigerada câmera-lenta (John Woo fez escola mesmo) e na coreografia perfeita das lutas, alternando planos gerais e closes inteligentes (exatamente como nos filmes do Bruce Lee).

É claro que a película tem seus defeitos. O roteiro (em inglês) parece ter sido escrito por um francês e revisado por um japonês. Assim, certos diálogos soam patéticos e forçados. Mark Dacascos é um excelente lutador, mas falta muito para ser um ator. Seu par amoroso é ainda mais desastroso. Os vilões japoneses são caricatos e divertidos. E o turco Tchéky Karyo também não acrescenta muito, mas pelo menos soa convincente como policial de índole duvidosa.

De qualquer maneira, esqueça os senões. Na hora em que o bicho pega você se diverte pra caramba.

Adendo 1: eu cheguei a ver este filme no cinema, quase 10 anos atrás (aliás, devo ser um dos 5 brasileiros que fizeram isso).

Adendo 2 - Dica 1: nas Lojas Americanas você encontra o DVD do filme por R$ 9,90.

Adendo 3: o nome do filme em português é ridículo. O original é "Crying Freeman".

Postado por Nery Nader Jr às 10:59

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quinta-feira, março 18, 2004


Substantivos Sem Substância



Você já comeu uma nêspera?

Já ficou frente a frente com uma suçuarana?

Já dançou uma polca?

Pois é, alguns substantivos não têm mesmo razão de ser.

Postado por Nery Nader Jr às 15:24

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Oração Do Dia

"Sou incapaz de fazer mal a uma formiga. Bem que tentei, mas não entrava." (Eugênio Mohallem)

Postado por Nego Lee às 14:14

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quarta-feira, março 17, 2004


Wein Führer



Isso sim é que é bebida do mal. Ou você brindaria com um vinho do Hitler, do Lênin ou do Mussolini?

Postado por Nery Nader Jr às 11:10

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Dogs: Tô Fora



Mais do que gatos, mais do que pinchers, mais do que o Droopy, eu odeio poodles. Ô, raça. Ô, ódio. Ô, jeriza. Se fosse ave, seria perua. Se fosse gente, idem. É um cachorrinho fresco, chato, bobo, feio e cara de mamão. Por mim, exportava tudo lá pra Coréia e importava de volta como sabão. Mais divisas e empregos pra nação. Menos réiva aqui pra mim. Com certeza. Ui, creuza.

Postado por Nego Lee às 10:21

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terça-feira, março 16, 2004


Ontem, hoje e sempre.

Postado por Nego Lee às 17:28

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Sério



Sério, sisudo, feio e tosco.
De homem era só um esboço.
Tentando ser o que ainda não é e nem sabe se será.

Sério, ignóbil, errado e bronco.
Com pouco espaço para qualquer outro
Que exista e resista dentro de si.

Sério, vil, ingrato e torpe.
Inútil à vida, desnecessário à morte.
Seguindo assim, porque sim (ainda que o sim não seja resposta).

Postado por Nery Nader Jr às 15:18

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segunda-feira, março 15, 2004


Star Wars: The Musical



Todo mundo sabe o quanto eu adoro "Star Wars". E o quanto eu odeio musicais. Ou seja, isso aqui é ridículo. Mas não deixa de ser divertido.

Postado por Nery Nader Jr às 16:40

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R.I.P.



Eu sou ruim por me incomodar muito, mas muito mais, com este 11 de março do que com o tal 11 de setembro?

Postado por Nego Lee às 10:07

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sexta-feira, março 12, 2004


Visita Divina



Os anjos de porcelana observavam com seus olhos estáticos. O uivo cínico do cão de guarda parecia um bumerangue, indo e vindo em intervalos repetitivos. Jeremy acordou quando o copo que segurava soltou-se e caiu no chão em estrondo. Os cacos formaram estranhos criptogramas.

Alguém batia à porta. O cão havia silenciado. Jeremy estranhou. As samambaias pareciam se encolher num canto, com medo.

Ao abrir a porta, Jeremy se viu frente a frente com a mulher mais bonita que já tinha visto. O corpo era uma escultura grega, que atingia a perfeição quase que por acaso, sem conseguir se esconder naquele vestido justo e transparente. O rosto era uma pintura renascentista, revisada e retocada por Deus em pessoa. A voz era suave e musical, pedindo abrigo e trazendo nas entrelinhas uma ânsia quase sexual:

- Jeremy, eu vim satisfazer todos os seus desejos.

- Não, obrigado. Não estou interessado.

E bateu a porta na cara da deusa.

Jeremy era gay.

Postado por Nery Nader Jr às 18:29

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Blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá.

Postado por Nego Lee às 16:26

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Implicância Com Refrescância



Refrescância é uma palavra muito feia. Horrível mesmo. E pior, nem um pouco refrescante. Por isso mesmo eu não consigo entender o seu uso pelos Tic-Tacs ("Refrescância e sabor em menos de duas calorias"), Colgates ("Refrescância confiável") e Coca-Colas ("Refrescância na medida") da vida.

Postado por Nery Nader Jr às 16:00

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Curitiba Pop Festival 2004.

Postado por Nego Lee às 09:47

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quinta-feira, março 11, 2004


Paz E Amor



Descobri que, quase 60 anos antes dos ripongas escolherem "paz e amor" como grito de guerra (ops!) e mais de 90 anos antes da versão Lulinha-Paz-E-Amor, nós já tínhamos um presidente totalmente zen.

Nilo Peçanha, nos idos de 1909, tinha como bordão a mesma paz e o mesmo amor dos anos rebeldes. Ou será que não?

Postado por Nery Nader Jr às 16:45

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Dos Outros

coisas que eu adoro feitas de coisas que eu odeio. e vice-versa. (reprise)

odeio azeitona. adoro azeite.
odeio suco de tomate (e bloody mary.) adoro tomate.
odeio uva. adoro uva-passa. (gosto de vinho.)
odeio vísceras de qualquer animal. adoro salsicha.
odeio bacon. adoro baconzitos.
odeio chuchú. adoro souflê de chuchú.
odeio gin. adoro gin-tônica.
odeio queijada. adoro queijo.
odeio pamonha. adoro milho.
odeio o vasco. adoro futebol.
odeio goiaba. adoro goiabada.
odeio barriga. adoro sobremesa.
adoro o começo. odeio o fim.

Do caráio!

Postado por Nego Lee às 10:28

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quarta-feira, março 10, 2004


Senta Que Lá Vem Link



Afinal, quem é que nunca fez uma cadeirinha com rolha de champanhe, ou melhor, com aquele treco metálico que segura a rolha?

Pior é que tem gente que leva a sério a brincadeira.

Confira aqui os finalistas do Concurso Mundial de Cadeiras de Champanhe.

Postado por Nery Nader Jr às 11:20

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À La Pedro Bloch*



Criança diz cada uma. No final de fevereiro, chegava eu em casa quando Carolina, minha filha, veio esbaforida até mim pra contar sobre o gatinho que havia morrido. O gatinho, a saber, era um filhote de felino encontrado na rua por ela e a mãe antes do Carnaval, recém-nascido e desnutrido, minguado mesmo, quase babau. Tão mais pra lá do que pra cá que as duas nem piscaram pra catar o moribundo e carregar pra casa, dando leitinho de seringa pro mesmo na expectativa de fazê-lo (sobre)viver.

Mas não deu. Por uma doença animal qualquer, o "Gollum" (apelido dado por mim ao magrela cabeçudo) não agüentou o tranco da vida terrena e foi pro inferno dos gatos, deixando um vazio na caixinha de papelão e outro no coração das minhas minas. Só no delas, já que eu não suporto essa raça escrota** e lamentei mais pelas meninas do que pelo bicho. A explicação do óbito? De acordo com a minha mulher, o tal nasceu prematuro. Mas na versão da minha cria, foi (quase) assim:

- Pai! Pai! Sabe por que o gatinho morreu?! A mamãe disse que ele nasceu pré-datado.

Ela é minha menina. E eu sou o menino dela.

*****

* Mais sobre o saudoso Pedro Bloch aqui e aqui.

** Desculpaí, Tati e Gabby. ; )

Postado por Nego Lee às 10:35

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terça-feira, março 09, 2004


O Homem De Pedra



O homem de pedra corria pelos campos como um anjo perdido. Não que eu já tenha visto algum anjo perdido, mas convenhamos que fica bonito, quase poético até.

Pois bem, o homem de pedra corria pelos campos como um anjo perdido. Ei, mas isso eu já disse. A coisa se tornou repetitiva. Aliás, a própria palavra "repetitiva" já é repetitiva, com aquele "titi" bem no meio. Bom, mas o fato é que o homem de pedra corria pelos campos como um anjo perdido.

Seguido de perto pelos policiais, após o assassinato de Dórian Wallace. Nome bonito, né? Bem americanizado. Só que ela era brasileira. Dórian Wallace era só o seu nome artístico. Mas não era bem arte o que ela fazia com esse nome. Dórian era prostituta. Tinha sido assassinada. Por quem? Oras, pelo homem de pedra do início da história. Aquele mesmo que corria pelos campos como um anjo perdido. Seu nome era Osvaldo. Não é artístico. O cara se chama mesmo Osvaldo. Ele estava numas dessas zonas com jeito de puteiro mesmo. Foi lá que conheceu Dórian. Não foi amor à primeira vista, porque, convenhamos, isso não é uma história de amor, e sim de suspense. Ou vai dizer que você ainda não começou a roer as unhas para saber o que vai acontecer com o homem de pedra que corria pelos campos como um anjo perdido?

Bom, voltando ao que eu estava falando... o que era mesmo que eu estava falando? Ah, pois é, o Osvaldo. Bem, o Osvaldo chegou pra cima da Dórian com uns papos de "quanto é pra dar uma bimba?" e a Dórian falou algo sobre quinze reais e o Osvaldo topou e logo estavam os dois num quartinho fuleiro em cima do puteiro. Ei, rimou! Nem bem a Dórian abriu as pernas e lá estava o Osvaldo sobre ela, ofegante.

Chegamos ao trecho sobrenatural da nossa história. Se você tiver menos de dezoito anos, acho desaconselhável continuar a leitura. Só pra constar que eu avisei, já que eu sei que ninguém vai parar de ler mesmo.

Continuando... Quando Osvaldo tava ali, no bem bão, começou a sentir algumas contrações. De início, pensou que era cãibra. Mas no corpo todo? Logo percebeu que não era nada disso. Olhou para suas mãos e as viu se transformando em pedra. Assustado, nem percebeu que o resto do corpo seguia o mesmo destino trágico. Dórian, a prostituta debaixo dele, passou a sentir no corpo todo o peso daquele homem virando rocha sólida. Súbito, a cama desmontou-se, esmagando Dórian sobre mais de 800 quilos de pedra. Osvaldo levantou-se com dificuldade. O chão desabou sobre seus pés e em segundos ele se viu caindo até o salão na parte inferior do puteiro. Saiu correndo. Alguém chamou a polícia e finalmente podemos voltar ao início da nossa história, onde Osvaldo corria pelos campos como um anjo perdido.

A polícia começou a atirar, mas as balas só faziam ricochetear na pele pedregosa de Osvaldo. Apavorado e praticamente encurralado quando chegou à beira do lago, Osvaldo preferiu mergulhar. Seus 800 quilos o levaram ao fundo, onde morreu afogado.

Postado por Nery Nader Jr às 11:32

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Hipnotizando um homem.

Postado por Nego Lee às 09:46

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segunda-feira, março 08, 2004


A Faxineira



Ela fez bem em ousar. Ele não esperava, mas queria. Partindo de tal premissa, fizeram amor muito bom. Cansativo e ingênuo amor. Olhando pro teto, brincando de sombras chinesas com a luz do abajur, nem ouviram o marido dela entrar. O pneu do avião havia furado, ou coisa parecida. Ao chegar no quarto, tomando o devido cuidado para não bater os chifres na porta, o bom marido perdeu o fôlego. Tirou da pasta uma arma reluzente e matou os dois amantes. Depois, alojou uma bala no seu próprio cérebro de ruminante.

No dia seguinte veio a faxineira, que teve um trabalhão para limpar o sangue. Mas no final ficou tudo brilhando. Ela era uma boa faxineira. Vivia sua vidinha miserável e morreria daqui alguns anos. Estava com câncer no estômago, mas ainda não sabia. Tinha alguns pequenos sonhos, que não realizaria. Tinha alguns pequenos filhos, que não veria crescidos. Tinha mais nada não, mas sabia fazer uma faxina como ninguém. Só que seu trabalho não era lá muito reconhecido, como afinal acontece com a maioria dos trabalhos realizados por esta infinidade de faxineiros, lavadores de carro, escritores e dentistas. Ao final do dia, terminada a nossa "faxina", pouco ou nada do que foi feito parece ter relevância para alguém. Mas no dia seguinte estamos de volta, prontos para uma nova "faxina". E talvez, entre uma vassourada e outra, a faxineira reflita sobre o porquê de tudo que faz. Mas não há tempo para parar e pensar, pois a sala precisa estar brilhando. E assim seguimos todos, deixando limpas as salas, deixando vazios os corações.

Postado por Nery Nader Jr às 17:15

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Oração Do Dia

"Vê se pega: é melhor ser inteligente do que ser rico, mas é melhor ser rico do que ser burro." (Millôr)

Postado por Nego Lee às 09:04

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sexta-feira, março 05, 2004


Saynomore



Quer ser um Monty Phyton? Inscrições aqui.

Postado por Nery Nader Jr às 10:24

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Engano



Seis e quarenta e cinco da manhã. Toca o telefone:

- Alô?

- Alô, é da Igreja Universal?

- Não, minha senhora. É da casa do caralho do capeta!

Grosso? É, acho que fui um pouco. Mas por favor: engano, só depois das dez.

Postado por Nery Nader Jr às 10:17

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Tente fugir deste quarto.

Postado por Nego Lee às 00:09

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Sense And Sensibility



Rio de Janeiro, janeiro de 2001. Ela (de Daniela) sempre dizia que Ele (de Eleomar) era insensível. Insensível. "Insensível é o cu da sua avó!", respondia Ele, com carinho. "Quer ver como eu sou sensível?". Na hora Ele encostou em um posto de gasolina, desceu do carro com tudo e se dirigiu todo pimpão à loja de conveniências. Aliás, um dia um amigo meu teve a idéia de abrir uma loja de inconveniências, mas isso não vem ao caso agora. Assim, depois de um certo tempo, lá volta Ele correndinho de dentro do ei-em-pi-em, trazendo meia dúzia de cervejas na mão, todas elas até brilhando de tão geladas. E pela janela aberta do passageiro mesmo, o cariocão joga as seis latas no colo d'Ela e, entre vários ai-ui-ishhh, Ele dishhh: "Viu? Não consegui segurar umazinha sequer. Ó a minha mão... Tá até roxa, ó...".

E lá Ele adentra de novo no possante, arrancando à toda, não sem antes quase atropelar um menino de rua que dormia na calçada ao lado da bosta da leprosa da mãe dele.

Insensível. Capaz.

Postado por Nego Lee às 00:03

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quinta-feira, março 04, 2004


Letras De Música Que Eu Posto No Meu Blog (Mesmo Sabendo Que Ninguém Lê Letra De Música Em Blog)



"Vista A Roupa, Meu Bem" (Roberto Carlos / Erasmo Carlos)

Vista a roupa, meu bem
Vista a roupa, meu bem
Acredite em mim e no meu amor também
Vista a roupa, meu bem
Vista a roupa, meu bem
Isso está muito bom, mas temos que ir embora
Vista a roupa e vem
Vista a roupa, meu bem
Vista a roupa, meu bem
Você não se decide e isso assim não fica bem
Esta praia está boa, mas você me magoa
Insistindo em ficar
Vista a roupa, meu bem
Vista a roupa, meu bem
E vamos nos casar

Postado por Nego Lee às 10:47

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Títulos Honorários



Na folhinha de uma ótica: "Se o problema é a vista fazemos a prazo".

Postado por Nery Nader Jr às 10:14

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quarta-feira, março 03, 2004


Bring on the singing horses.

Postado por Nery Nader Jr às 10:27

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Kiai


- E aí, cara?

- Hã?

- Não está me reconhecendo? Sou eu, o deltóide...

- Ah...

- Como vai esta força?!

- Bem...

- O que tem feito?! Lembra das coxas? Cruzei com elas estes dias...

- Coxas?

- É, as coxas... Ei, ei, olha só quem está chegando... Lembra dela?!

- Quem?

- A panturrilha! Olha ali...

(...)

Hoje, às seis e meia da matina e depois de dez anos, eu voltei a treinar Karatê. E digo: dói. Mesmo sem nenhum corpo-a-corpo, dói tudo. Ai. Mas foda-se o corpo: de novo, após muito tempo, a alma está nova em folha. Oss.

Postado por Nego Lee às 09:35

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terça-feira, março 02, 2004


De Vassoura



Hora do rush, trânsito feito de caos, congestionamento infernal por culpa de um acidente de mínimas proporções e um adesivo no lerdo carro da frente: “Bruxa à Bordo”.

Oras, por que diabos então ela não vai trabalhar de vassoura?

Postado por Nery Nader Jr às 14:21

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Tu gostas de desenhar?

Postado por Nego Lee às 10:29

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segunda-feira, março 01, 2004


Oscar Para Quem Precisa



Que Oscar é prêmio de americano pra americano você já está, mais do que a estatueta dourada, careca de saber.

Que tudo é muito brega, cantarolante, por vezes modorrento e sem-graça também não é nenhuma novidade.

E dizer que a gente não consegue entender uma única piada do Billy Crystal é a redundância das redundâncias, ainda mais com um tradutor que não traduz nada, e que consegue no máximo embolar a voz original e foder de vez com a (pouca) graça que algumas piadinhas poderiam ter.

Mas além de tudo isso, o Oscar é campeão em criar campeões. Ou em outras palavras, é campeão no quesito maria-vai-com-as-outras. Afinal, só porque um filme é o melhor filme significa que ele tem a melhor montagem? Ou a melhor direção de arte? Não, né? E não tome isso como dor-de-cotovelísmo, posto que eu nem cogitava uma estatueta para "Cidade De Deus". Tampouco pense que eu desgostei das premiações de "O Retorno Do Rei". Desde "Beleza Americana" eu não concordava tanto com a premiação de melhor filme. Tudo que estou dizendo é que não entendo porque não se pode haver uma distribuição dos prêmios de acordo com as reais qualidades dos concorrentes.

Mas aí já é querer demais de um povo que tem um ator medíocre como governador e que já teve um ator medíocre como presidente (agora eles andam dispensando o ator e ficando só com o medíocre).

Adendo 1: Na verdade eu deixei de acreditar no Oscar quando, ainda criança, vi "ET" perder para "Gandhi". Talvez hoje eu nem votasse no "ET". Ainda assim, eu nunca votaria numa chatice em forma de filme chamada "Gandhi".

Adendo 2: E afinal, que fim levou o Jack Nicholson?

Postado por Nery Nader Jr às 15:59

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Piratas Do Caralho



Eu não copio CDs de música. Nem a pau. No máximo, queimo uma bolachinha (epa!) aqui e ali com uns mp3, comportamento este herdado dos bons tempos que não voltam mais do Napster socialista. E o motivo de eu não piratear disquinhos é só um: dois motivos. O social e, principalmente, o sexual.

O social: Se eu gosto do artista e quero que ele (sobre)viva do ofício, que eu pague pelo que me é oferecido, ué. Mas nada hipócrita ou TFP como a campanha oficial dos artistões versus camelôs. É só um "samaritanismo não, capitalismo sim" da minha parte. E só não filosofo mais sobre o assunto porque em menos de um minutinho é fácil ver incoerência neste raciocínio - e eu não estou a fim de me preocupar com isso, quanto mais me defender.

O sexual: Bichice pura minha. É que eu curto muito ter as capinhas originais (mesmo achando as tais anos-luz das caponas dos vinis) e acho as xerocadas bem feiosonazonas. Só isso.

Algo a declarar?

Postado por Nego Lee às 14:28

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Apresentação (?)

Este é o MegaZona, que acabou de (re)nascer. Até o mês passado, o blog estava hospedado aqui no Blogger mas hoje, graças aos préstimos do Kamuiº, estréia em novo endereço. É isso. Até.

Postado por Nego Lee às 09:57

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O MegaZona É Um Blog Feito À Quatro Mãos Por Nego Lee & William Wilson E O Melhor Site De 2005 Segundo Fernanda Takai (Pato Fu)!

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